terça-feira, 19 de junho de 2012

Dançar Rock'nRoll e "La Bamba"



Não há prazer maior quando se está na estrada do Rock’n roll do que subir num palco e fazer daquele lugar um altar mágico. Empunhar uma guitarra soltar alguns acordes e com a energia da banda fazer o publico dançar.


As garotas adoram se divertir, dançar e namorar, quando se pode auxiliar nesse processo é um prazer imenso para o artista.

Há situações curiosas, em que o espírito Rock’n roll resiste, certa vez estava numa pindaíba danada e com muito custo consegui um show, um lugar para tocar.

Com pouco espaço na mídia, o lugar confesso não era dos melhores mas fui lá com uma banda de apoio, sem ensaio deixei a musica fluir.

O lugar era simples, mas fui tratado como um astro, parecia um cabaré nordestino, logo havia na platéia alguns senhores e senhoras que pelo jeito estavam mais dispostos a ouvir outro tipo de musica.

Eu logo mandei meu som, como tenho musicas que não são de gosto digamos tão popular demorou para alguém entender o negocio, mas recebia aplausos durante a musica um senhor que portava uma sanfona balançava a cabeça em sinal de admiração. No fundo fazia aqueles senhores se tornarem jovens novamente, rolei alguns sons mais agitados dentro do Rock e eles curtiram pra valer, logo uma senhora pediu que eu tocasse La Bamba.

Essa música manjada é muito rock n roll então lembrei que foi uma das primeiras musicas que aprendi a tocar, não lembro do solo mas dava para improvisar, não podia negar aquilo, em homenagem ao saudoso Ritchie Valens e Buddy Holly que estava com ele quando caíram com o avião naquela tragédia... então mandei ver no som.

São acordes fáceis dó, fá, sol, emendei um Ticket to Ride dos Beatles e logo essa senhora dançou como se estivesse na jovem guarda.

Quando terminou ela se aproximou e disse: “ Você me fez ser criança de novo obrigado meu jovem”, eu achei fabuloso aquilo uma sensação de dever cumprido e fazer Rock com a cara e a coragem e muita paixão.

Depois do show tive que dormir no palco mesmo, entre os engradados de cerveja mas confesso que me sentia um grande artista ainda que longe do glamour e dos holofotes.

Nenhum comentário: