Contos : LOBO SEM LUA

Percorri cerca de 800KM, havia passado por várias cidades e me encontrava em um lugar deserto cheio de cactus. Onde o que mais me chamava a atenção era o belo cânion logo ao lado da estrada.
Procurei o acampamento do velho "índio", meu amigo e uma espécie de guru, pois necessitava de seus conselhos.
Seu pequeno acampamento estava próximo, logo avistei suas tendas multicoloridas e uma suave nuvem de fumaça espalhava-se ao sair do centro da fogueira.
Ao aproximar me deparei com belas mulheres, todas da tribo, me encantei ao saber que eram a maioria no grupo. A fogueira acesa garantia a claridade e outro tribal estendia seu manto acima do fogo, fazendo movimentos que davam formas à fumaça.
Perguntei à um jovem sobre o cacique ele me apontou ua tenda bem longe, distante das mulheres que preferi evitar para não causar algum mal-entendido.
Fui até ao Cacique que me recebeu com um abraço e me convidou para entrar em sua tenda.
- Como vai Lobo solitário?
- Perfeitamente bem cacique.
- Não acredito Lobo solitário, você sempre me procura em desequilíbrio.
- Então acredito ser uma excessão.
- Sinto dúvidas em suas palavras.
- A dúvida me acompanha Cacique.
- Então há algo errado Lobo solitário, sua única companhia é a solidão.- retrucou o velho.
- Concordo plenamente, aprecio sua sinceridade e astúcia Cacique, acho que precisamos conversar.
O cacique é um homem íntegro e sincero, respeita meu carater e me conhece perfeitamente, acredito até mais do que eu mesmo.Aprecio nossa amizade e procuro respeitá-lo assim como suas regras: Entrar na tenda se convidado, não usar gírias pois ele não entendia o significado e atrapalhava seu raciocínio e claro não recusar o convite pro cachimbo da paz.
CONTINUA